sexta-feira, 30 de outubro de 2009

...pesadelos.

O tempo se divide em quatro…
…em quatro se divide o ano.
Primavera, Verão, Outono, Inverno.
Ou será Outono, Verão, Primavera, Inverno?
Ou ainda, Verão e Inverno apenas?...
Já nem sei…
Tudo muda…
O tempo muda, as modas mudam, até por vezes a morte troca de lugar com a vida.
Uma mutação constante…
Também eu mudei meu amor.
Continuo a chamar-te amor, porque o meu amor por ti não muda, ao contrário do mundo em mutação.
Mas eu meu amor, mudei. Nada te adianta agora deixares as chaves na porta e pedrinhas no asfalto com o intuito de me mostrares o caminho do teu coração.
De nada te adianta.
Passarei ao lado das pedrinhas, sem lhes tocar, sem lhes ligar, sem as sentir, sem as ver.
Porquê? – perguntas tu meu amor.
Respondo-te eu, amor meu…
…porque não as quero ver.
Porque atrás da porta onde deixaste as chaves penduradas, vive não a felicidade, mas sim um monstro chamado verdade.
A verdade do teu egoísmo, a verdade do mal que me fizeste sentir.
De nada te adianta meu amor, de nada…
Continuarás no entanto, a sentir nas gotas de chuva que começam agora a cair, beijos meus. Beijos ternos, beijos carinhoso, beijos apaixonados…
…simplesmente beijos meus, porque apesar de nada te adiantar, a ternura o carinho e a paixão continuam a existir de mim para ti.
Digo-te de mim para ti, porque apesar de te ler e sentir não sei se o que lei e sinto habita na verdade escondida atrás da porta onde deixaste as chaves penduradas.
Não sei…
Nem nunca saberei.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Pesadelos

Deixo as chaves penduradas na porta
Para que a abras de novo 
A porta que te deixa entrar no meu mundo
Pois ai reside algo ...
Muito do que nunca chegou para nós
Os reflexos do som das palavras por dizer
Os ecos do pensamos em conjunto 
Os comportamentos estranhos enterrados em areia
Que raspam agora alegria dos meus dias
Porque se enterra em pequenos olhares mudos do que foi
E sem a esperança de outros dias...
Tou sonolento
E tudo me desperta no atravessar das horas 
Até o teu sorriso me assombra 
....pesadelo meu amor
Estás aqui bem viva...
Entraste na minha vida como sol pela na janela
Sem pedir...apenas forte e linda
Não quero escapar deste teu calor
Que me faz voar através das arvores 
Num dia como hoje em que a chuva desce
E eu apenas as apanho como recebo os teus beijos
Cada um único cada um mais teu
Porque sem ti nem o sol sei ver brilhar
Muito menos a chuva me alegra assim




segunda-feira, 6 de julho de 2009

Eu ou tu apenas...

Reticencias
Talvez um final inesperado
Talvez um futuro que nunca será
Dai as duvidas ...talvez eu seja mesmo isso
Não tenho medo de receber o que me queres dizer
Posso não ter e peito que consiga conter tanto
Medo de não ser o grande que chegue para sentir tanto
AS praias e castelos não se fazem de sonhos
Mas de mãos que se querem juntas
Não se fazem na imaginação
Mas sim em olhares conjuntos
Não é a musica que se torna bonita
E apenas notas soltas
Só quem a ouve a faz um melodia
Só quem a quer ouvir a pode tornar única
A eternidade de uma palavra não o é mais que isso
Ser proferida para sempre
Sem isso apenas é mais um conjunto de palavras
Pois mais livre que seja o mundo
Tudo se prende nos sentimentos
Tudo e livre no que sentimos
E isso...quem sabe para sempre escravo do mundo
Tudo se transforma...apenas para ficar igual
Apenas ...

...pela metade.

Pensamentos ambíguos me estremecem ao ler cartas repletas de palavras luminosas…
Sabores dúbios me assolam ao ler-te por inteiro, não pela metade, mas por inteiro.
Leio-te de olhos bem abertos,
olhos sem sono,

de mente aberta e vigilante, leio-te,
sim leio-te…
…e ao ler-te recebo de braços abertos mas de alma fechada tudo o que me ofereces,
toda a tua amizade sem reticências,
todo o teu carinho mas com reticências…
Coloco-te três pontinhos, redondos redondinhos porque estou acordada, finalmente acordada, e por acordada estar não mais me imponho o direito de sonhar.
Sabes bem porque não sonho…
…temo o acordar.
Sonhei um dia,
te contei meus sonhos,
sonhei um dia numa praia passear ao som do lusco-fusco.
Sonhei um dia numa praia pernoitar,
te contei meus sonhos,
sonhei um dia numa pernoitar embalada pelos braços de um mar
que ao sabor de seus beijos me embalava numa ternura impossível de alcançar.
Sonhei um dia tornar real a praia onde meus pés pisavam,
te contei meus sonhos,
sonhei um dia tornar real a areia da praia feita amor que meus pés pisavam.
Sonhei um dia…
…e um dia acordei envolta num pesadelo.
Sabes bem porque não sonho mais…
…temo o acordar.
Mas de ti, e de ti apenas, recebo os sonhos escritos numa tela luminosa,

recebe-os de braços abertos sem…
…reticências.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Pela metade...

Mesmo que eu não te faça sentir
Mesmo que não te faça sorrir
Se tudo te parece um estranho sentir
Não quer dizer que eu esteja certo
Não pode ser por estares sem vida
Mesmo quando não acreditas no que te digo
Não quer dizer que eu esteja errado 
Mesmo que tu não percebas o que te faço ver
Ainda que tudo em mim te soe impossível
Não tens de tentar perceber
Posso não te fazer sorrir
Mas também deixei já de tentar
Sou apenas eu 
Simplesmente sozinho 
Tentando-me controlar de uma fuga para a realidade
Não sou real para ti 
Apenas a fuga dessa tua realidade
Preso numa praia fora do teu olhar
Onde me deixo cair
Ai comecei de ver que não sou real 
Uma espiral sem controlo
Giro em torno de ti sem te poder tocar
Não é por não sentires que estas errada
Apenas adormecida até que te acordem

terça-feira, 24 de março de 2009

Space dye vest Awake song



Falling through pages of martens on angels
Feeling my heart pull west
I saw the future dressed as a stranger
Love in a space-dye vest

Love is an act of blood and Im bleeding
A pool in the shape of a heart
Beauty projection in the reflection
Always the worst way to start

But hes the sort who cant know
Anyone intimately, least of all a
Woman. he doesnt know what a woman
Is. he wants you for a possession,
Something to look at like a painting or an ivory box.
Something to own and to display. he doesnt want you to be real,
Or to think or to live. he doesnt love you, but I love you.
I want you to have your own thoughts and ideas and feelings, even when
I hold you in my arms. its our last chance... its our last chance...

Now that youre gone Im trying to take it
Learning to swallow the rage
Found a new girl I think we can make it
As long as she stays on the page

This is not how I want it to end
And Ill never be open again

...i was gonna move out...ummm...get,
Get a job, get my own place, ummm,
But... I go into the mall where i
Want to work and they tell me, im,
I was too young...

Some people, gave advice before,
About facing the facts, about
Facing reality. and this is, this
Without a doubt, is his biggest
Challenge ever. hes going to have to face it.
Youre gonna have to try, hes gonna to have to try and,
Uh, and, and, and get some help here. I mean no one can
Say they know how he feels.

That, so they say that, in ya know
Like, houston or something, youd
Say its a hundred and eighty degrees,
But its a dry heat
. in houston they say that?
Oh, maybe not. Im all mixed up.
Dry until they hit the swimming pool.

...i get up with the sun... listen.
You have your own room to sleep in,
I dont care what you do. I dont
Care when. that door gets locked,
That door gets locked at night by nine oclock.
If youre not in this house by nine oclock, then youd better find some
Place to sleep. because youre not going to be a bum in this house.
Supper is ready...

Theres no one to take my blame
If they wanted to
Theres nothing to keep me sane
And its all the same to you
Theres nowhere to set my aim
So Im everywhere
Never come near me again
Do you really think I need you

Ill never be open again, I could never be open again.
Ill never be open again, I could never be open again.

And Ill smile and Ill learn to pretend
And Ill never be open again
And Ill have no more dreams to defend
And Ill never be open again

Ps: Sei que não percebes bem ingles , mas vem de encontro sobre o que falmos ontem.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Amarelo!

Nunca te disse que não te queria…
Nunca neguei o que por mim sentias e mo dizias…
Quando o fiz, sem ser em negação mas sim como interrogação, foi apenas e somente para me defender, pois o teu coração me pertencia mas chamados pela razão a outra na realidade tinhas que prestar justificações.
Eras casado!
Nem mesmo a luz que de nós brotava iluminando-me todos os recantos do teu corpo que no meu percorriam nos extenuantes momentos de amor, dissipava o fantasma daquela que contigo a vida dividia.
Era uma constante!
Nunca disse que não te queria…
…apenas me cansei.
Não me cansei de ti, nunca meu amor. Adoro-te como no primeiro dia.
Cansei-me de não haver na tua vida um lugar recto e claro para mim.
Lutei por ti enquanto de aliança no dedo comigo passeavas…
Lutei por ti, quando uma noite em que a hora mudara, um beijo a horas certas me enviaras.
Estavas finalmente divorciado…
…foi talvez o momento mais feliz da minha vida.
Lutei por ti, enquanto das noites fazias vida com amigos, amigas e tropelias.
Lutei por ti, quando me deixaste de dizer que me Adoravas e que de mim precisavas.
Lutei por ti, quando três vezes te perguntei se querias que acordasse a teu lado, e das três vezes me respondeste que sim, que não tinha razões para ser e estar insegura.
Lutei…
…por ti, por nós.
E quando essa fantástica e desejada noite deu lugar ao desespero que o teu abrupto silêncio se fez ouvir, continuei a lutar por uma migalhinha tua…
…mas de ti, a resposta era muda.
Mascarei-me então de personagens mirabolescas apenas para te cativar, e consegui. Um pedaço de ti me entregaste, um momento ao som de pássaros vivemos rapidamente com esperança de mais vivermos, mas…
…já não estavas só, já não eras mais o homem descomprometido que foste enquanto me deste silêncio e desprezo, arranjaras nesse curto espaço de tempo, uma nova namorada.
Nunca disse que não te queria…
…apenas me cansei.
Cansei-me de apenas servir para te adoçar os apetites…
Cansei-me de apenas te ver sob reuniões inexistentes…
Cansei-me, e por isso te neguei. Não neguei o que por mim sentes muito menos o que por ti sinto, neguei apenas o factor tempo, aquele que não tens para me oferecer.
Nunca te disse que não te queria…
Querer-te, desejar-te, Amar-te, Adorar-te, é o que mais quero, mas também quero que me queiras, que me desejes, que me Ames e que me Adores.
Saberás tu faze-lo?
Quererás tu quere-lo?
Nunca disse que não te queria…
…apenas me cansei.
Cansei-me de ser eu a lutar, de ser eu a tentar, de ser eu a manter o que de nós ainda havia vivo.
Queres de novo sorrir um sorriso largo?
Queres de novo sentir o meu afecto, carinho, amor?
Queres de novo ouvir a minha voz?
Queres de novo aquecer-te com um sorriso meu?
Queres?
Luta tu agora…
Mima-me tu agora...
Reconquista-me!...
Mas fá-lo apenas se de novo a liberdade for tua morada...

Amarelo

E porquê?
Parece-me um julgamento onde as lágrimas são o juiz
O veredicto já estava traçado de inicio
Por mais que alegasse amor...
...tu apenas recusavas tal ideia
Tu que sempre foste a luz forte...
Iluminavas todos os cantos negros da noite
Em desejos intermináveis nos recantos do meu corpo
Em toda a minha pele...
...no meu olhar
Será que nunca mais vais tentar?
Será que não mais vou ter de volta o meu sorriso alagado
As minhas pálpebras secas e o meu olhar brilhar a dois?
Chove tanto hoje meu amor
O sol brilha...
...mas chove tanto
Saem de dentro de mim para estas ruas tão sozinhas de ti
E talvez...
...então me perguntes da mêda do jurado
Mas afinal que sabes tu de ti mesmo?
E a isso depois de ti ...
…já não sei responder mesmo.
Condena-me então
Sozinho a esvair o meu amor ate que fique para sempre parado no tempo
Já que não me queres ...
…que não fique parado para a eternidade.

Como me sinto?

Não sei como me sinto.
Triste…
Aliviada…
Sonhando (ainda) acordada…
…ou completamente desenganada.
Não sei mesmo como me sinto!
As respostas que me deste, ou que tentaste dar, simplesmente já não fazem sentido.
Sei aquilo que vi, que senti, mas não sei se percebi o que ouvi.
Tudo agora é claro, verde como os meus olhos…
Tudo agora faz sentido durante quase todos os dias e quase todas as noites.
Sim quase, porque há dias e porque há noites em que as memórias de ti, de nós, que tento à força matar, envolvem-me com braços fortes e nostálgicos fazendo com que desta floresta verde brotem pequenas gotículas de orvalho, que sem que dê conta alimentam flores secas pelo calor dos pensamentos que crio apenas para exterminar as flores do amor que por ti (infelizmente) ainda sinto.
Não só não sei como me sinto, como também não sei os sonhos que tens guardados para mim…
Não só não sei como me sinto, como também não sei como poderás tu que nem um bom dia ou boa tarde me dás, ver-me mais tarde sorrir ou chorar…
Não só não sei como me sinto, como também não sei como me poderás desejar felicidade e alegria quando foste tu que me tornaste amarga e rancorosa…
Alegra-te espírito vivido de mulheres e amantes, não mais me verás, não mais me falarás, pois como te disse deixar-te-ei para sempre entregue ao caminho que escolheste…
…pois como te disse, deixarei de interferir directa ou indirectamente nos teus dias, nas tuas noites…
…pois como te disse, despedi-me desta minha missão, a de velar por ti…
…sim despedi-me, e se algum dia quiseres, rir, sorrir, conversar, beijar, abraçar ou simplesmente olhar, terás que ser tu a tentar, pois como te disse…
despedi-me!
Sim, despedi-me de ti!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Como te sentes?

E assim cai o pano
Tudo acabou um pouco como começou
As respostas que ficaram enterradas...debaixo da porta
O que matei e queimei...destrui o meu verde
Agora resta me um negro vazio do teu silencio
Dos meu erros ficam agora apenas uma memoria
Bem negra e distante na tua cabeça
Um breve momento de uma vida
Que irá brilhar em sorrisos
Não deixes de viver cada dia como sempre eu sonhei
Mas alem de tudo que algum dia eu verei
Cada dia uma junção do sonho com o brilhar do sol
Alegre...A única coisa que te desejei
Hoje li um simples....
"Como te sentes ? "
Mas isso é algo que nem sei o seu significado
Abro os olhos, mas não pereço ver uma única luz
O meu corpo esta quente mas sinto-me gelado
Penso mas a minha mente esta vazia
Será a isto que sabe o fim?
...E assim caiu o pano
Sobre mim ...para sempre ...sou apenas eu.

sexta-feira, 6 de março de 2009

passado ou hoje? Amo-te!

Tu tens o dom de reparar o que dói
Tu tens as ferramentas mesmo ao lado da tua mão
Só tens…
Apenas tens que querer…
Será que queres?
Será que queres restaurar o tempo perdido?
Será que queres calar os silêncios que te dou e que me dás?
Será que queres ser âncora dos meus voos impostos por um orgulho teu?
Será que queres tudo isso?
Tu tens o dom, tu e apenas tu poderá inverter os ponteiros temporais e fechar a brecha que um dia abriste em nós, a brecha, a fenda abrupta que criaste para apenas me afastar.
Querias realmente afastar-me?
Eu respondo…
Não!
Não tiveste foi coragem para ver que te sorria, que em ti vivia, que te desenhava em mim nas memórias que a distancia me revelava.
Impuseste uma brecha de afastamento, abriste um poço negro onde apenas a tristeza – minha e tua –, a solidão – tua e minha –, o desalento – nosso –, habita.
Porque a abriste?
Porque me afastaste?
Porque me destruíste?
Capricho? Medo? Cobardia? Falta de Amor?
Responde tu agora…
Lembra-te…
…poderei voltar a dançar ao som da tua adorável melodia…
…poderei voltar a cantar-te trovas de Amor…
…poderei voltar a desenhar-te em mim sem distancias…
…poderei voltar a brilhar num brilho teu…
Lembra-te…
…poderei voltar a ser parte de ti e tu de mim.
Basta quereres usar o dom que tens e restaurar o passado.
Queres?

quinta-feira, 5 de março de 2009

passado ou hoje, nem sei. mas amo-te

Nem sei o que mais me arrasa
Se o teu silencio...se o meu orgulho
Se sou capaz de falar para um túmulo ...
Que me adianta desenhar-te na areia
Se o vento do teu voo o vai desfazer
Ou o mar do meu arrependimento o leva embora
Se dançar sem musica e triste
Pior é tocar a tua musica e não a ouvires
Deixei levar palavras a voar
Não percebi o que me desenhavas
E agora?
Não passo de mais uma triste melodia na tua cabeça
Um simples dedilhar num piano mudo
Num tarde de gélida
Num sol que adormece o teu cabelo
Que vai passar...docemente...sem o ver
Num abraço que não te dei
Na palavra que não te disse
No olhar que não deixei que me desses
No sorriso que tentei não ver
Em tudo que não fiz...
Talvez devesse ter agarrado o que já tinha
Ter-te agarrado fazer te rodopiar ao sol
Como vento..leve e doce como o este amor
Alegre e doce
Até ao dia que o tornei amargo
Num impulso de palavras mal pensadas
Em desencontros de ideias...
Mais um que tombou aos teus pés
Uma memoria...um ..apenas mais uma estatueta defeituosa
Encostada a ganhar pó...apenas queria ser perfeito.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Sem casa...um mundo só para nós.

Não quero que caias, tudo o que te digo é em nome de um voar a dois.
Não caias, voa comigo…
Voa em direcção a este mundo, o meu, o teu, o nosso, que te dou…
Segue-me nas palavras em forma de bússola…
…e deixa que o amor que por ti sinto te oriente rumo a casa, a nossa casa, o nosso amor.
Deixa-me viajar para norte enquanto ao colo da brisa viajarás para sul, encontremo-nos a meio caminho, e rasteirinhos ao chão sem voos altos nem graciosos, seremos simplesmente nós, seremos unos.
Façamos tudo a meias…
…meio caminho…
…tu abraças-me enquanto te abraço…
…beijas-me num beijo meu…
…ri-te comigo…
…chora comigo…
…façamos tudo a meias.
Sabes bem que nunca te abandonarei, não tenhas medo.
Sabes bem, que nunca rasgaria palavras belas como estas, apenas as escreveria também.
Sabes bem que por mais que te diga adeus, não o penso, não o sinto, não o desejo.
Sabes bem que o que desejo é uma alma num corpo teu.
Já to disse…
…mas digo-o novamente, e novamente, e novamente, até que o que digo seja lei gravada em teu pensamento…
…sou toda tua.
Dá-me a mão…
Dá-me para já a tua mão…
Dá-ma, caminhemos unidos pedra sobre pedra, até que da pedra sobre pedra nasça uma estrada, um caminho, e por fim…
…um destino.

Sem casa...um mundo só para mim

Tudo que me dizes agora faz me ainda cair mais
Sinto que nunca vou chegar a casa
Perdido num caminho poeirento
Num mundo que me deste...e onde não queres viver
Apareces em forma de anjo longe... bem alto longe de mim
Viajas para o sul ao encontro do teu calor
E eu apenas tento voar para lá
Mas fazes questão de me queimar as asas
Empilho então pedras para tentar chegar a ti
Num dos teus próximos voos sobre mim
Conseguir sentir a tua doçura, subir-te no olhar
Cobrir-te com beijo...sentir o teu respirar no peito
Os meus olhos encherem se com o amor...
Mas sei que é um caminho apagado
Uma casa a qual não regresso
E sei que não voltas aqui amanhã para me ver
Perdido neste meu mundo
Vivendo uma vida de sombras aconchegadas
Sonhos que me abraçam o corpo que vive já sem mim
Uma alma que envelhece fora de mim.
Vi-te passar...disse adeus e levaste-me para sempre
Resta apenas o corpo que te tenta seguir
Lê as páginas que escrevo frias e mortas
Rasga-as mas ...leva-me para casa

...vontade vadia

Pedi-te para me olhares, para me veres, para me sentires…
…só assim perceberias que sou a mesma, não mudei.
Não olhaste, não me viste, não me sentiste…
…não percebeste, não percebes que sou a mesma.
Pára!
Pára, e ouve…
…ouve-me quando te digo…
…lê-me quando te escrevo que sou tua.
Que tens todo o tempo do mundo para me fazeres feliz, pois só assim feliz serás.
Que te ocuparei também as noites, se durante os dias me provares que mereces o meu aconchego.
Recua no tempo ao tempo de infância, encontra no teu estojo a borracha, e com ela apaga as dúvidas, não fazem sentido.
Amo-te! Tu sabes…
Adoro-te! Tu sabes…
Quero-te! Tu sabes…
Completas-me! Tu sabes…
Não tenho respostas! E isso, tu também sabes, não tenho respostas, apenas quereres e desejos vazios. Esses sim, fazem sentido, não as dúvidas que sêmeas ao sol pôr.
Não te quero de forma organizada, quero anarquicamente de forma ritmada.
Quero viver contigo este turbilhão de emoções que vivo quando em sonho te apoderas de mim, do meu sentir, da minha vida.
Quero-te…
…sem mais, nem menos, apenas te quero.
Quero-te para agora, para ontem, para amanhã…
…quero-te para todo sempre.

Vontade vadia

Serás mesmo a mesma
A mim parece-me que tudo mudou
Até tu...
Dizes que precisas de mim
Mas por quanto tempo?
Quanto tempo tenho eu para te fazer feliz
Nem me dizes em que sol te brilhei
Se te encho os dias...
…não será porque me deixas as noites?
Até uma simples caixa cartão pode ser um abismo
A escuridão envolta nas duvidas das suas formas
Frágil...
Facilmente rasgada
Tal como este amor...
Posso não saber o que te dar
Mas sei onde posso encontrar se me disseres.
Sim, muitas duvidas...
…mas tu tens as respostas, não eu
Apenas vivo na incerteza de não te saber amar
Apenas sei que hoje não fui o inimigo
Não fui a anarquia dentro de ti
Será que um dia me vais deixar ser?
Uma vontade sem sentido que vaguei dentro de ti
Apenas existe...
…tal como tu dentro de mim.

...tomei isto de assalto.

Porque os fechas então?
De que te serve obrigares-te a afastar de mim, de tudo o que sou para ti, de tudo o que sentes por mim, se…
…não queres?!
Mas a vida é assim, uma enorme piscina cheia de ‘se’, onde nela mergulhamos, onde nos lavamos dos verdadeiros sentires, ficando apenas aquela camada de obrigação. A obrigação de não me quereres mais.
Mas porque não me queres?
Ou será que me queres, mas tens vergonha, medo, sei lá de me quereres?
Esquece o ‘se’, e embala-me nessa tua música terna, essa música que tanto me encanta e me dá coragem de partir ao teu encontro para nunca mais voltar.
Essa música que me aquece, fazendo estilhaçar o vidro que te envolve e que de mim me afasta.
Essa música que me faz ver através do que não se vê, e que me faz sentir tuas asas de anjo junto a meu corpo, protegendo-me dos demónios que teimam em nos separar.
Mas porque não me queres?
Tu queres-me…
…eu sinto!
Ama-me…
Adora-me…
Conhece-me mais ainda…
Vive para mim, como eu vivo para ti.
Abre os olhos!
Olha-me, vê-me!
Sou a mesma por quem um dia me cantaste, por quem um dia te apaixonaste…
Ainda dizes que não me queres?

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Tomei isto de assalto

Tenho medo de fechar os olhos
De que me serve fecha-los?
Apenas me afasto de ti
não quero dormir...não me quero sentar sem pensar
Sem te sentir...não quero avançar
Apenas embalar-te sem saber o que é te deixar
Não quero pensar no que é real
Como se o inferno dastesco apenas fosse apenas
Uma simples passagem para o portões sagrados
Logo eu que não gosto do imaculado
Mas tu...tira-me desta vitrine
Nunca me dei bem em altares
Acabo sempre por ser o demonio não o anjo
Agarra me enquanto caio para ti
Pois quem sabe onde vou parar depois
Não quero fechar os olhos
Nem sei como te sonhar assim
Pois amar os tuas qualidades é facil
Mas eu como sempre fui....irratico
Quero te amar nos defeitos e segredos
Arder neste amor
Neste dantesco amor.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

...abraços vazios de nós...

Faço-te a vontade…
…não te faço a vontade…
Solto enigma ao vento
Rodopia, gira e volta a girar, sempre a rodopiar
O vento trará a resposta
Faço-te a vontade…
…não te faço a vontade…
O tempo decidirá
Daremos ao tempo, oportunidade de nos voltar a juntar, ou para sempre nos separar
O tempo que decida
Não o consigo fazer…
Vives demasiado em mim, na minha noite, no meu dia, no meu dormir, no meu acordar
És parte de mim…
…não te consigo soltar
Sem que mais uma vez, nos possamos amar
Sem que mais uma vez, nos possamos beijar
Sem que mais uma vez, nos possamos olhar
Sem que mais uma vez, nos possamos abraçar
Então aí, nesse dia, nessa noite, o tempo decidirá o que fazer com os nosso sentimentos de querer ir ou querer ficar
Amor…
…o tempo decidirá!

...abraços vazios...

Não me esqueço de ti?
Tento apenas recompor a minha alma
Esta noite deixo as emendas do passado
Estou perdido mas não do teu lado

Não me esqueço de ti?
Nem sequer a tua mão me deixa
Quero soltar-me desta jaula que deixaste
Deixa cair a chave...
…quero sair

Quero caminhar sem o teu rosto me deitar abaixo
As luzes iluminam aquilo que eu já nem conheço
Um dia soube quem era...
…mas tu acabaste com isso


Não me esqueço de ti?
Tenho me apenas a mim
Posso não ser o meu guia
Posso ate estar perdido
Mas sei ainda que a minha casa esta dentro de mim

E eu vou encontrar o caminho
Tira a tua marca dos meus olhos

Quero ir
Tira a tua face do meu coração
Abre-me a porta
As luzes da rua...
…não és tu

...abraços vazios

Abraços vazios de ti…
Abraços vazios de mim…
Abraços vazios de nós em tempo real.
Em tempo real apenas, porque em pensamento bailas ao som de melodiosos cantares com apenas uma única trova…
…o teu nome.
Aquele que calo, mas que grito no meu intimo
Aquele que me ocupa o pensamento, impossibilitando o esquecimento
Aquele por quem agendo iniciativas quebradas pelo medo e a falta de coragem de voltar a sentir tudo o que sentia quando os abraços não eram vazios de nós
O teu nome vai comigo, segue-me, acompanha-me, adormece em minha mente
O meu…
…faço para que nunca te esqueças dele.
Nunca te esqueças de mim…

Abraços vazios

No final ouço uma voz...
…sou eu?

Deixa mensagem, corre mais uma vez na minha mente
Serias capaz de me voltar atingir deste modo?
Mas as iniciativas que teimam em ficar pelo meio
Olha bem para mim...
...repete a minha alma
Da me a mão...
...isto pode ser o fim
E a caminho de casa vejo apenas o meu nome
Não dizes o meu nome

Desapareceu da tua mente
Como podes pensar que vai comigo o teu
Como te posso eu levar o olhar
Se nem o meu te guia
Soltas-te a mão que te quer
Para que percorra um caminho sozinha
Deixa cair o meu ser então de uma vez

De uma forma estranha, que me leva por onde sopras
Agarro a dor...
Hoje não vou esperar o escuro para que me fales
Vou adormecer sozinho
Só assim te posso fazer feliz

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

...diz-me que não.

Vou!
Irei!
Uma vez, vezes sem conta…
Ficarei para sempre…
…ou voltarei de novo para a minha solidão de ti.
Vou sem medo, e se o tiver, enfrentá-lo-ei, ganharei a batalha e ficarei com a recompensa desta demorada guerra…
…tu, tu és a recompensa.
O amor, o nosso amor é a recompensa.
Deixa-me por favor continuar nesta luta
Estou cansada, mas por ti, lutarei pela eternidade dentro
Vou!
Irei…
…se me deixares.
Deixa!
Caminharei a teu lado, e a teu lado esperarei que possas enfim olhar-me e sentir que não és brinquedo de princesa insegura, e a teu lado esperarei que a flecha deste meu arco produza os sentires que já há muito produziram, e a teu lado, sempre a teu lado ficarei
Porquê?
Porque te amo…
Porque te adoro…
Porque mesmo longe respiro-te…
Porque mesmo sem ti, sinto-me brilhar, sinto-me a mais bela mulher apenas por saber que mesmo longe, pensas em mim.
Não duvides do meu amor eterno.
Não duvides que quando se ama, o amor dura para sempre.
Não duvides de que gosto de ti, apenas de ti.
Inverte os pólos, inverte as estações, inverte este teu presente pelo nosso passado…
…e torna-lo no nosso futuro.
O meu futuro, o teu futuro, o nosso futuro.
Não me deixes ficar…

…faz-me ir para nunca mais voltar.

Diz-me que não

Diz me como se mais nada soa se no universo
O porquê?
Porque teimas em brincar comigo

Como se de um presente estragado me trata-se
Porque nos rodeia este medo todo então?
Que nos afasta cada vez mais
Que nos impede de dizer tudo, sem jogos nem embrulhos

Porque temos medo então de beijar a palavra amor
Abraçados nos teus olhos quentes
E na tua ternura sorridente
Mas neste céu brilha apenas o disfarce
O meu olhar furado na escuridão da noite
Ninguém a minha volta nota quem sou

Quanto mais se apercebe que caminho a sonhar
Com o teu rosto...
…mas tu nunca vens

E agora diz-me o que posso ainda mais perder
Se já nem o meu futuro posso trocar pelo nosso
Escapou se por entre o brilho dos teus olhos

Num adeus sem padecer um só momento
Sem duvidas…
…a única que levas é se um dia me amaste

Se eu te enchi a tua alma, tal como tu a minha
Que ainda hoje me dói

...eco confuso

Murmura para mim…
Di-lo somente a mim…
Deseja-me…
…mas diz-me que me desejas
Diz-me!
Faz-me senti-lo!
Acredito, sei, sinto, que me amas, que me desejas, que me queres, que precisas de mim, que te faço bem…
…mas di-lo como eu to digo.
Amo-te, desejo-te, quero-te, preciso de nós, fazes-me bem…
E agora, que farás com o que te disse?
Continuarás a fugir?
Continuarás nessa tua surdez propositada?
Continuarás embrenhado nessa capa onde do mundo te escondes e ao mundo te expões?
Não o faças…
Olha-me…
…e tem-me.
Sente o meu sorriso…
…e abraça-me.
Grita…
…para que te ouça.
Ou não grites…
…e apenas vem murmurar-me ao ouvido.
Só eu preciso de ouvir.
Só eu…
Não fujas, não te escondas, não te acobardes em falsa estabilidades…
Diz-me o que queres…
…dir-te-ei o que queres ouvir, pois é o que quero sentir, é o que quero de ti, é o que quero de nós…
…para nós!

Eco confuso...

Em pensamento percorro esses sorrisos que me deixas
Mas sei que nada mais tem de novo
Olho para eles de braços caídos sem vida
Com um enorme desejo de te abraçar
Já pouco me interessa o quanto me deixas cair do alto
Nem os sinto embater na face
Murmuro para mim o quanto te amo
Ninguém precisa de saber

Que interessa ao mundo o que penso?
Que interessa ao mundo se te amo?
Ele nunca te entregou a mim
Apenas me deixou pistas de uma ilusão
Que interessa ao mundo que te deseje?
Que interessa a mim mesmo tudo isso?
Por mim, rebentava com o mundo
E com ele este amor
De que serve olhar-te e não te ter

Sentir o teu sorriso e não te poder abraçar
Gritar para mim que te amo...
…se nunca o vais ouvir

Em pensamento rebento com o mundo
Se um dia me tentares dizer o que quero
Talvez eu já nem saiba ouvir
Apenas este eco que te amo em pensamento

...sorriso difícil

Sorrisos…
Muitos sorrisos tu sorrias
Sorrias com os lábios, completando os silêncios que fazias ouvir
Sorrias com os olhos, completando olhares meus que pulavam saltitantes ao som de sorrisos teus
Sorrisos…
Muitos sorrisos tu sorrias
Muitos sorrisos tu sorris agora…
…mas não são para mim.
Fugiste de mim…
Bateste com a porta a um passado, tão comum, mas um passado, para ti um passado…
De frente para mim, bateste-lhe com a porta
Fugiste de mim…
Não quiseste continuar a sorrir-me com os lábios nem com os olhos
Fugiste de mim…
Não querias um presente tão ou quase parecido com a porta que bateras enquanto sorrisos teus em silêncios nossos me falavam ao ouvido, ao olhar
Fugiste de mim…
Agora corres…
…corres velozmente rumo a um futuro quase ou em tudo parecido com o passado, o teu passado, aquele onde te negaste viver.
Corres, mas será que sorris, como a mim sorrias?
Sorrias-me e não duvidavas…
Não me sorris agora e duvidas que os meus sorrisos, que o meu sorriso fosse teu?
Não duvides!
Foi teu…
É teu…
Perdida nas memórias que calcas, as memórias de um sonho meu, teu, nosso, o nosso sonho, sorrio…
…um sorriso que será para sempre teu
Ergue o olhar, olha a lua, as estrelas, o sol, as nuvens, ergue-o…
…não verás mais que sorrisos meus, olhares meus.
Sorrisos meus…
…para sempre teus!

Sorriso difícil...

Eram sorrisos que desenhava nessas folhas
Porque as frases nunca me saíram com sentido
Tentava encontrar-te nela…
…mas eras o verbo que nunca apareceu

Ora num passado esquecido ou num futuro inexistente
Desenhava então sorrisos que saltavam de folha em folha
Com uma sede enorme de ti...
…longe destes lábios

Mal sabia que matava este amor a cada rabisco
As ruas, nada mais são agora que caminhos sem sentido

Levam-me para mais perto de tudo o que fugi
Calco memórias do sonho que vivi
Perco a lucidez a cada passada
Só me ficou a sede...
…mas já não é do teu sorriso

Esse já não é meu...
…acho que nunca foi

Bebo então todo o veneno que posso
Numa ânsia de matar o mundo
Sem sorriso...
Sem o teu olhar...

...cadeira caída

Não era sonho
Era o real em forma de sonho
Onde a indiferença que sentias como raios de sol quente, nada mais era, que o medo disfarçado
Um medo por não se ler o mesmo livro…
Um medo por se perder numa qualquer outra cabeceira aquele livro que tão bem nos faz…
Não era sonho
Era o real em forma de sonho
Daqueles sonhos bonitos, sonhados, apaixonados
Onde o calor da tua mão pousada na minha página por escrever, fazia com que sozinha a pena rolasse num papel branco, suave e macio, e nele, sozinha a pena desenhava com bonita caligrafia a história de um real confundido com um sonho sonhado de príncipes e princesas
Não era sonho, não…
…era o real.
Um profundo real…
Um verdadeiro real…
Que de tão bom que era o real, parecia um sonho.
Agora, percorrendo ruas e ruelas escuras, sujas, tenebrosas, labirínticas
Tentamos sonhar.
Com o real?
Não!
Com o sonho que vivemos de mãos dadas enquanto dormíamos, enquanto a pena escrevia…
Tentamos sonhar acordados…
…um sonho agora irreal.

Cadeira caída

Num olhar distante sombrio e quase sem vida percebi
Tudo é real...
…apenas real, nem bonito nem vibrante

Apenas real...
…uma desilusão sem importância

Que mesmo assim acaba por tudo mudar
Como uma música que nos desperta a mente
Nos acorda de um belo sonho
Doce e embalado no veludo de uma cama fria

Mas com uma alma quente...
…um doce no peito

Um sonho que brilhava no mais escuro quarto
Decorava a mais nua das paredes
E sem perceber preenchia o vazio do meu espaço

Era afinal apenas um sonho
Não era o teu olhar na minha face que sentia

Apenas a tua indiferença
Nunca foi a tua mão que agarrei enquanto dormia
Apenas uma simples folha trazida por um vento frio
É apenas real...
…tudo está então na mesma
As mesmas ruas, as mesmas luzes ao entardecer

Tristemente fazem surgir no chão apenas a minha sombra solitária
No céu não é o teu dourado que me aquece
Apenas um sonho que arde para se apagar na noite

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

...palcos da vida!

Sem medo, ouve…
Sem medo, sente…
Sem medo, lê…
Sem medo, porque não tenho medo de mundos distantes e diferentes.
Sem medo, porque não és nem nunca foste mesquinho.
Sem medo, porque te amo do jeito que és.
Sem medo, te digo…
Tenho a chave!
Chave incolor, inodora, a três dimensões
A chave da tua jaula sem grades.
Tenho a chave, lembra-te disso…
…e sem medo esperarei o medo teu sucumbir à coragem minha.

...palcos da vida

Sair deste local sombrio onde me arrasto agora?
Como posso agora viver lá fora?
Já não sei como viver para alem da minha prisão de culpa
Pintada de saudades e decorada com quadros dos meus erros
Já nem sei se eu sou alguém debaixo desta mascara
Ou se me tornei nela
No seu branco pálido de emoções

O seu sorriso sem sentido
Olhos pequenos que mal vêem para alem de si mesmo
Não este lugar onde digo boa noite a mim mesmo
E quente e acolhedor, tem um fogo alimentado pelo meu egoísmo
Um brilho gelado do meu desprezo no que me tornei
Não te quero arrastar para este mundo
E grande demais para caberes nele
Ideal para um ser pequenino e mesquinho quanto eu

Palcos da vida...

Não confundas palavras, palavras reais e sentidas, com palavras mascaradas de comédias carnavalescas ou profundos dramas postos em palco por esse mundo fora.
Não confundas sentimentos transcritos e desenhados, com sentimentos romanceados.
Não confundas o que sinto, com o que queres que eu sinta.
Não confundas…
…apenas te peço que não confundas e que mais não te escondas.
Saí daí!
Sim, saí daí, detrás dessa tua máscara veneziana, onde um sorriso eterno paira pintado sorrindo sempre, mesmo quando na cara escondida se desenha um semblante tristonho.
Saí daí!
Saí detrás dessa tua cortina de fumo de falso fogo.
Saí…
…vira costas à cobardia, aquela que te aprisiona, aquela que não te deixa ser feliz.
Não me voltes a expulsar da vida que mal começara…
Não tornes a usa brilhos, cores, tintas numa máscara sorridente…
Não tenhas medo…
Sim…
…o medo…
…esse meu rival.
Não o uses contra mim…
…não te fiz, faço, farei mal.
Sou aquela, lembras-te?
Aquela que usa palavras reais, sentimentos reais sem hediondas fantasias criadas para cativar.
Sou aquela, que de ouvido à escuta, em sorrisos silêncios te ouviu…
…ouviu a voz da tua alma, a voz do teu cantante coração…
…e te cantou paixão.
Não me expulses…
…chora comigo…
…grita comigo…
…sorri comigo.
Deixa-te viver em mim, e eu, viverei em ti para sempre, ao vivo e a cores.
Não me expulses…
…abraça-me…
…deixa-me abraçar-te…
…sonha-me…
…deixa-me sonhar-te…
…sonha-nos…
…deixa-me sonhar-nos.
Eu sou aquela que não sabia amar. Lembras-te?
Aquela a quem me apresentaste esse sentimento, que simplesmente, eu não o conhecia.
Apresentaste-mo…
Amas-me e não me sabes amar?
Aprenderemos juntos…
Ensinar-te-ei a amar-me, tal qual como aprendiz que um dia fui.
Não fujas…
Não me expulses…
Não tenhas medo…
Sê feliz…
…comigo.

Palcos da vida

Parece um enorme festival de palavras
Mas a minha alma não consegue sorrir por entre os actos
De uma peça animada num teatro invisível
Uma historia escrita com amor...
…representada em dor

Que atentamente observo na primeira fila
Por mais que o seu epilogo me diga que terá um final feliz

A minha mente não se consegue libertar da tristeza
Do drama das personagens que vagueiam pelo palco
Na incerteza do seu papel, das suas falas...
E uma...
…uma singela fala que me prende a atenção surge então
Chega-se perto de mim, o mais próximo de mim que consegue

Ao ponto de me conseguir ouvir o palpitar do coração
E me segredar que sempre me olhou
Que partilha comigo o seu amor...
…se é que o tenho

As lágrimas que seguro...
…a dor que rompe
E diz docemente…
Se me abraçares saberás que não sonhas

Que me acaricia a face dura
Que mantenho como se nunca tivesse chorado ou sofrido
E num simples beijo me faz ver que afinal não é um sonho
No olhar traz a duvida se será ela a pessoa para mim...
...mas será que eu o sei?
Saberei eu se és tu?

Saberei eu quem sou eu...
Um desejo desesperado de te amar sem saber amar...
Esta é a minha história...
…a tua…
...a nossa historia.

O nosso palco e teatro sem fim.

Certezas

Adormecer?
Sim, adormecerás neste meu presente, que finalmente irás quebrar.
O que sentes por mim?
Amor…
…amor esvoaçante, feito águia.
Amor esvoaçante num voo pleno, altivo, imperial, um voo de asas abertas, planando, voando numa única direcção…
…a minha…
…a nossa!
Não suspires por um último sonho, não suspires, não deixarei que seja o último, mas sim, o primeiro de uma nova etapa. Aquela em que nem a multidão curiosa, sedenta de sangue e lágrimas afastará a fada que finalmente nos unirá.
Não suspires, contém apenas a respiração, num minuto, no único minuto que nos separa.
O último minuto que nos afasta…
Será apenas neste último minuto que os medos, as solidões, as chuvas, a vergonha de ti mesmo e a derrota da nossa história, terão vida, pois no minuto seguinte, a força gerada pelo amor que por ti sinto erguerá a bandeira da vitória, derrubando então o minuto passado.
Não tenhas medo meu ser, não te deixarei abater, nunca te deixarei só, nunca te abandonarei…
Não tenhas medo meu amor, todo o meu ser será teu de agora em diante, todo o meu ser se transformará num teu pilar para a vida, e nunca…
…nunca deixarei que o abismo te engula, te devore, te afaste de novo de mim.
Não tenhas medo filho do mar, quando de novo em teus braços, o meu olhar, apenas o meu olhar, acalmará as bravas marés que te fustigam…
…e do meu olhar junto com o teu, nascerá uma paz eterna, e esta para sempre reinará.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Incertezas

Mas será que não irei novamente voltar a adormecer?
Sob esse teu presente que vou quebrar.
O que é que sinto por ti?
Um amor ou um voo que adormeceu ontem?

Serei eu capaz de me sentir...
…no meu ultimo suspiro

No meu ultimo sonho...
O que sinto por ti?

Será que um dia vou poder sentir tudo sem rebentar?
A minha face novamente renascer sob a multidão

Olhar ao redor e ver-te do meu lado
Será que chegara o dia?
Em que a chuva me vai lavar a alma...
Deixar para trás o medo de mim mesmo...
Como te posso amar se nem a mim me aceito agora?
Posso apenas ser a terra debaixo dos teus pés

A sombra que te esqueceste de ver
De todas as vezes que eu fiz com que desapareces
Agora sei que fui eu que me apaguei
Vou em direcção ao meu abismo...
…mas sempre com o teu olhar a adormecer-me.

Por entre Templos refeitos!

Dizes-me que não há mais um nós?
Dizes-me apenas porque não há, ou porque o medo de quando me encontrares eu não seja aquela por quem te apaixonaste um dia?
Dizes-me que foges de um Sul, o meu Sul, para um Norte, um agora teu Norte?
Não fujas…
Não fujas…
Estou aqui, de pedra e cal
Ruínas restauradas e de novo fortificadas
Estou aqui apenas por ti
Espero-te altiva no alto do meu monte desbravado um dia por ti
E por ti, continuarei a cuida-lo para que as ervas daninhas não escondam o caminho, o teu caminho
Aquele caminho que te trará a mim, sem ruínas, sem mágoas, sem perdões porque nada há para ser perdoado
Vem a mim…
Não fujas…
Dar-te-ei a força necessária para te manteres vivo na longa mas pequena caminhada que nos separa
Dar-te-ei do meu sal, do meu pão, da minha carne, do meu ser
Alimentar-te-ei com o meu viver…
…e alegremente esperarei que a busca do teu eu cesse e encontres por fim as ruínas em forma de castelo refeito
Aquele em que habito esperando o olhar pelo qual me apaixonei…
…o teu!
Esperar-te-ei para sempre!
Porque…
…te amo!

Por entre templos

Numa eternidade…
…de um outro passado

Talvez um outro dia que não vivi
Não me escondo...
…não me retraio

Talvez nem perceba o que sinto
Nem saiba já o caminho que percorro
Que me leva a cada passo mais e mais para o gelo
Para um norte gelado de ti...
…de nós

Percorro estas estepes sombrias e sem o teu cheiro
Na ânsia de te ver no final
Percorro, corro, salto e esgueiro-me por entre estes desfiladeiros

Os olhos brilhas já o teu brilhar o horizonte mesmo sem o ver
Mas porque me engano...
Sei que nada já existe para alem deste abismo
A única coisa que me da força são estas chamas....
…dançam o teu nome

Mas sei que no final do meu caminho já não vou encontrar o teu templo
Apenas umas ruínas...
…a destruição que eu próprio sentenciei
Um vazio que percorre agora o tempo

Eternamente vazio de mim...
Circula a sua volta apenas imagens do que fui

De uma outra vida...
…de um outro eu.

Melodias vazias...

Percebi, sim percebi…
Mas calei-me!
Calei-me com mordaça de medo e de raiva…
…raiva por me teres deixado só a soar no meu caminho, aquele que também já era teu.
Sim percebi…
Percebi o medo que de mim sentias, que de nós sentias
Que sentias por haver um nós.
Não te escondas mais…
…eu não estou escondida.
Estou aqui.
Sim aqui, mesmo longe, estou aqui ao teu lado
Basta esticares a mão…
…sentir-me-ás.
Sente-me!
Pára! Pára de te recusar a sentires-me!
Eu sou tua, para sempre…
E para sempre, talvez até consigas cumprir o que queres cumprir
E para sempre, talvez até consigas ouvir a melodia que de mim brota a uma velocidade estonteante
Não faças do tempo, uma desculpa…
…embarca nesta minha velocidade estonteante, e segue o rumo de um nós, nesta vida, nesta mesma vida.
Embarca nesta aventura, repleta de sorrisos, não esperas por uma outra vida, aproveita esta, aproveita-me, sê corajoso e solta em mim o amor que nos une.

Melodias de nós

No dourado céu em que fiquei imóvel
em que despejei todo o meu ser na tua mão
Não percebeste...
…o quanto me doeu sair de mim

Que nas ondas soava a morte de mim
No fim da luz o meu corpo se desmoronava
Nos ruídos à nossa volta, baixinho tocava o meu funeral

Tinha deixado de ser eu...
…para ser teu


Já não sou o homem que vês, apenas o teu reflexo
Numa simples e bela palma da tua mão
Cheia de segredos e desejos...
Talvez nunca os cumprirei...
…talvez nem saiba como

Deixei-te soar no teu caminho
Percorrei o mundo em busca de mim outra vez

Tentei voltar a ser eu...
…sem perceber que não me tinha perdido

Apenas evoluído
Mas agora que percorro a cidade onde estas?
Onde está soar da tua melodia?
Onde correm essas melodias do passado?

Será que vivem apenas na minha memoria...
…todo este amor…

…só meu...
…para sempre perdido...

Noutro tempo, noutra época ser ouvido
Na mais bela sinfonia...
…Meu amor

...perdoei-te!

E numa tarde sombria me descobriste…
A mim…
…a ti…
…a nós.
Hoje, passado já tanto tempo desde que na tarde sombria nos descobrimos
Entrego-te numa mão o meu perdão e na outra…
…um lenço branco de candura.
Ajudar-te-ei a enxugar as lágrimas que te consomem, a limpar a solidão que te enevoa…
…ajudar-te-ei, dar-te-ei a mão e te mostrarei um futuro, aquele onde juntos enfrentaremos os medos, os teus e os meus.

Aquele futuro onde a tal palavrinha estrangeira fará parte de uma única vida, a nossa.

Não digas que me amas, sente somente
E com esse sentir, vem até mim.
Perceberei no primeiro instante, ao primeiro olhar
Que tu, trazes a chave que abre o cadeado com que trancaste o sentimento, os sentires que por mim tinhas, que por mim tens, no teu baú de memórias.
Abre-o!
Dá uso à palavra ousa, e ousa abri-lo…
…e ousa descobrir o que tanto queres…
…a FELICIDADE.
Vem, ouve-me, lê-me, não me negues nem te negues aos sentires…
…vem!
Amemo-nos enfim!

Perdoa-me, perdoa-me não...

E numa tarde sombria me descobri.
A mim...
…a ti…
…a nós.

Cobertos em ondas numa areia já pálida
Rebolam sem sentido
Molhadas pelo sal, não do mar
Mas tristemente nas lágrimas que choro
Um sonho alimentado por um sonho
Uma sombra levada na distância
À procura do presente
Que vive fora de mim nas memorias de nós

Presas num baú de ouro fora de mim
Fora de ti

De que serve o perdão?
De que serve dizer que te amo?
Que te desejo, que te sinto ainda a ferver na pele?
Se apenas o meu ego te sei oferecer
Se apenas me escondo no medo de te amar
Aguardo então o calor da morte
E ai nesse momento te ver
Tatuada no meu olhar
Observar o céu pintado pelo teu amor
Ser feliz enfim…


Mas o que é o amor?
Uma palavra estranha
Refém em cores que não sei viver
Uma palavra sem significado
Refém do meu querer...
…que não sei libertar

Pairo então no final...
…o meu final
Numa sombra que sem perceberes te irá acompanhar
Te amar sem medo, sem fim
Como nunca te amei
Como nunca tive coragem
Amar-te-ei nessa prisão que é
Tudo o que te juro e jurei, apenas ser o futuro que tive medo de abraçar
Tudo que vivi, tudo o que um dia fui
Apenas serviu para me encontrar só na multidão que me rodeia
Para achar o destino no teu olhar
Para que um dia perdesse o medo de te amar
O dia...
…o dia que nunca chegou.

Date and Time

duas penas...


 

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