Numa eternidade…
…de um outro passado
Talvez um outro dia que não vivi
Não me escondo...
…não me retraio
Talvez nem perceba o que sinto
Nem saiba já o caminho que percorro
Que me leva a cada passo mais e mais para o gelo
Para um norte gelado de ti...
…de nós
Percorro estas estepes sombrias e sem o teu cheiro
Na ânsia de te ver no final
Percorro, corro, salto e esgueiro-me por entre estes desfiladeiros
Os olhos brilhas já o teu brilhar o horizonte mesmo sem o ver
Mas porque me engano...
Sei que nada já existe para alem deste abismo
A única coisa que me da força são estas chamas....
…dançam o teu nome
Mas sei que no final do meu caminho já não vou encontrar o teu templo
Apenas umas ruínas...
…a destruição que eu próprio sentenciei
Um vazio que percorre agora o tempo
Eternamente vazio de mim...
Circula a sua volta apenas imagens do que fui
De uma outra vida...
…de um outro eu.
Duas penas… …uma palavra, que nos faz seguir para o deserto. Um deserto onde a boca seca de ti, atinge o real em palavras. Palavras em água de sal que nos escorrem da mente… …e caminhando ao pôr-do-sol, assim vão elas, as palavras calmamente.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Por entre templos
Publicada por Esmeralda à(s) quinta-feira, fevereiro 05, 2009
Etiquetas: Edu
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